Estoy en la pista cómoda. Por el momento no despegaré.
lunes, 26 de julio de 2010
Interior
De nuestro viaje siempre se hablará de fuego.
Ese elemente en cuyo mástil vivimos, ramaje de sombra ahora.
Humo acentuado, agua vertida para nuestro naufragio.
Agua mansa para nuestro cofre hundido.
Fogo preso (Vasco Graça Moura).
Interpretado por Misía
Quando se ateia em nós um fogo preso,
O corpo a corpo em que ele vai girando
Faz o meu corpo arder no teu aceso
E nos calcina e assim nos vai matando.
Essa luz repentina
Até perder alento,
E então é quando
A sombra se ilumina,
E é tudo esquecimento,
Tão violento e brando.
Sacode a luz o nosso ser surpreso
E devastados nós vamos a seu mando,
Nessa prisão o mundo perde o peso
E em fogo preso à noite as chamas vão pairando.
E vãose libertando
Fogo e contentamento,
A revoar num bando
De beijos tão sem tento
Que não sabemos quando
São fogo, ou água, ou vento,
A revoar num bando
De beijos tão sem tento,
Que perdem o comando
Do próprio esquecimento.
(Voces en el texto recitado): portugués: María de Medeiros; alemán: Ute Lemper; castellano: Carmen Maura; inglés: Miranda Richardson; francés: Fanny Ardant
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2 comentarios:
La imagen me recuerda mas
al interior
de la concha de un molusco
con sus reflejos de nacar
que a un barco ardiendo
Pero es cuestión de percepción
y yo no soy de mar
si no de tierra adentro
como tú
Besos interiores
ute Lemper es total, haga lo que haga.
La vi en directo y me hipnotizó. Una llamarada pura y sin humo.
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